sexta-feira, 29 de abril de 2011

E o Amor está no arrrrrrrrrrrrr...

Casamento Real – Príncipe William e Kate Middleton
E fora Felizes para sempre...

Nesta sexta-feira, dia 29 de abril, o mundo, praticamente, parou para assistir o casamento Real. No Brasil nem mesmo a diferença de fuso horário foi capaz de conter o entusiasmo perante o tão aguardado casamento do Príncipe William com Kate Middleton.
Eu, como 1/3 do Planeta, vivemos hoje um verdadeiro conto de fadas... Confira as fotos do casamento real!

Convite de casamento do príncipe William e Kate Midleton

Príncipe William e Príncipe Harry, irmão e padrinho...

Príncipe William e Príncipe Harry

Kate Middleton estava deslumbrante em um vestido assinado por Sarah Burton, estilista que substituiu Alexander McQueen em sua marca. Sarah Burton tem um estilo bem mais discreto que o falecido McQueen e com certeza ao criar o vestido de noiva do século deu mais um grande passo em sua carreira. Amei!

Kate Middleton 3 thumb Casamento Real   Príncipe William e Kate Middleton

A Abençoada!!!!

Rainha Elizabeth II e Príncipe Philip

Rainha Elizabeth II e Príncipe Philip

Deus abençoe essa Aliança!!!

Príncipe William e Kate Middleton

Príncipe William e a Duquesa de Cambridge Kate Middleton
Já casados e saindo da Abadia de Westminster. Um lindo casal, né? Kate Middleton agora é a Duquesa de Cambridge.

Prncipe William e Kate Middleton 2 thumb Casamento Real   Príncipe William e Kate Middleton

Um sonho realizado...


O bolo oficial do casamento

Bolo oficial do casamento real

Beijo Real!!! O mais esperado...

Beijo Real

Que em nome de Jesus, o destino destes jovens seja muito diferente ao casamento que o antecedeu na Abadia de Westminster... Sejam felizes para todo o sempre, amém!

Fotos: Google.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O texto é extenso, mas tente ler até o final...

Tipos de amor na Bíblia
Tipos de amor
Vamos entender melhor o significado da palavra “amor” na Bíblia, e compará-la com seu uso habitual. Temos basicamente 4 palavras gregas para se traduzir como amor. São elas: Eros (físico, sexual), Storge (familiar), Philos (amizade) e Ágape (amor incondicional).


1. EROS (físico, sexual):
Chamaremos eros de “amor bolo de morangos”. Eu quero o bolo. Eu o quero tanto, que se o conseguir irei consumí-lo sem ao menos pensar em como o bolo se sente. É exatamente assim que algumas pessoas tratam seus semelhantes.
Eros é um amor que toma.
Expressões que caracterizam o amor eros:
• Você me faz bem;
• Você é meu/minha;
• Você é lindo(a);
• Você me pertence;
• Teu corpo é perfeito;
• Eu amo você porque você me faz feliz.
• “O amor é cego”
Por exemplo, eros está representado no livro de Cantares (onde Salomão deleitava-se com a beleza de sua amada) e na tradução de Provérbios 7:18, onde uma prostituta faz o seguinte apelo: “Vem,embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã”. Nesse versículo, “amor” é uma representação para eros.
A primeira palavra grega é eros. Aparece com freqüência na literatura grega secular, mas não na Bíblia. Eros é o amor totalmente humano, carnal, voltado para o sexo. Daí a nossa palavra ERÓTICO.

Esse tipo de amor pode até incluir algum sentimento verdadeiro, mas é, basicamente, atração física, desejo sexual e expectativa de satisfação pessoal. O eros apresenta-se como amor pelo outro mas é amor por si próprio. Sua melhor declaração é “Eu amo você porque você me faz feliz”. Ou “Eu me sinto fortemente atraído por sua amabilidade (você me amará), por seu temperamento alegre (você me diverte), por sua beleza e sensualidade (você me dará prazer), por seu talento (eu me orgulho de você)!” Porém, quando uma ou mais destas características desaparecem, o amor morre. Esse tipo de amor só quer receber. O pouco que ele dá, é com o intuito de receber algo em troca.

Infelizmente, muitos jovens escolhem o namorado ou a namorada, que poderá ser o companheiro ou companheira para toda a vida, com base apenas no eros. As relações físicas são antecipadas; a intensidade do eros prejudica o amor genuíno. Os namorados, mesmo não sabendo quase nada um do outro, pensam que esse tipo de amor os manterá juntos. Mas isto geralmente não acontece. Seu amor não é o verdadeiro amor.

A ênfase exagerada no eros é alimentada por uma filosofia playboy. Esta filosofia estimula em extremo a sensualidade, tanto da mulher como do homem; a mulher desnuda-se e exibe-se pelo prazer da sedução e do sexo; o homem cobiça e apropria-se pelo prazer do machismo e do sexo; a mulher é mero objeto sexual, um brinquedo (perigoso) para o homem (criança) egoísta. Nessa filosofia, relação sexual é sinônimo de “fazer amor”.

Casamentos construídos apenas sobre bases físicas e eróticas não duram muito... Antes do pleno envolvimento físico, os pretendentes precisam se conhecer nas áreas mais importantes da alma e do espírito. Para tanto, têm que namorar e noivar, por algum tempo, antes de se entregarem um ao outro, definitivamente, no casamento. O relacionamento sexual após o casamento será a coroação de um relacionamento
• consolidado,
• comprometido e
• crescente.
Se você cometeu o erro de se casar (formal ou informalmente) na base do eros, apenas, aqui está uma boa notícia para você: O AMOR PODE CRESCER. Não crescerá automaticamente, mas na medida em que você o cultivar. Portanto, a única esperança para o seu casamento é ascensão aos níveis mais altos do amor.

2. PHILOS (amizade):
Chamaremos esse tipo de amor de “amor time de boliche”. Ele usa essa designação porque há uma troca mútua, um compartilhar. Em geral, baseia-se numa apreciação recíproca que pode ser destruída se um ou outro não for recíproco. Por exemplo: digamos que você é um bom jogador de boliche, eu sou um bom jogador de boliche e nós dois somos ótimos jogadores. Gostamos de estar no mesmo time de boliche.

Mas você começa a beber demais e só lança bolas na canaleta. Resultado: você é tirado do time de boliche. Por mais caloroso que seja o amor philos, ele tem suas deficiências.
Relaciona-se com a alma, mais do que com o corpo. Lida com a personalidade humana – o intelecto, as emoções e a vontade. Envolve compartilhamento mútuo. Em português, a palavra mais próxima é amizade. A forma nominal é usada apenas uma vez no Novo Testamento (Tg 4.4), mas o verbo “amar”, no sentido de “gostar”, e o adjetivo “amável” são usados muitas vezes. Este é o grau de afeição que Pedro disse ter por Jesus quando este lhe perguntou, “Simão, filho de João, tu me amas?”. O pescador respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. No original grego, o sentido é: “Sim, Senhor, tu sabes que gosto de ti, que sou teu amigo” (Jo 21. 15,16).

Neste nível, o amor é menos egoísta, mas ainda contempla o prazer, a realização e os interesses pessoais. Não deveria, mas... Normalmente, desenvolvemos amizades com pessoas cujas características nos agradam, cujos interesses intelectuais e gostos compartilhamos. Desejamos e esperamos que estes relacionamentos sejam agradáveis e nos beneficiem de algum modo. Damos, sim, amizade, atenção e ajuda, mas com alguma motivação egoísta. Mesmo assim, philos é um nível de amor mais elevado do que eros. Nesse nível, “nossa” felicidade é mais importante do que “minha” felicidade.

Muitos casamentos comparativamente felizes são construídos nesse nível. É muito bom quando marido e mulher são amigos. Alguns maridos e esposas dizem que se amam, mas, no dia a dia, nem amigos eles são. Prova disto é que não têm sequer prazer e empolgação com a companhia, os interesses e assuntos um do outro.
Um casamento não pode sobreviver a menos que cresça pelo menos até ao nível do philos. Se você é jovem e está pensando em se casar, você deve tomar tempo para verificar se gosta realmente da pessoa com quem você pretende se unir para o resto da vida. Seguramente, essa pessoa tem defeitos, características e hábitos que poderão irritá-lo ou mesmo exaspera-lo no dia a dia da vida conjugal. Você vê mais virtudes do que defeitos e gosta dessa pessoa o bastante para perdoá-la, ajudá-la e fazê-la feliz?

Provavelmente você já ouviu esta frase romântica: “O amor é cego!” Cuidado! O único amor cego é o eros. Esse tipo de amor realmente fecha os olhos para as faltas, ri dos defeitos e racionaliza os problemas potenciais (a menos que a pessoa amada não seja interessante em seu aspecto físico). Philos, por outro lado, honestamente encara os defeitos e decide se eles podem ser superados pelas virtudes.

Philos é o meio caminho do amor verdadeiro – dá um pouco para receber um pouco, numa proporção de 50% a 50%. Um casal pode viver razoavelmente bem com esse tipo de amor, enquanto cada um fizer a sua parte e as circunstâncias forem favoráveis. Porém, se um deles deixa de fazer a sua parte, ou se ocorrem circunstâncias adversas (crise financeira, enfermidade grave, tensões com parentes, problemas sexuais, problemas com os filhos etc), a amizade sofre. Philos não agüenta muita pressão. No fim, torna-se egoísta e exigente. Vêm os conflitos. A amizade vira inimizade. A única esperança para um casamento estável, bem-sucedido e feliz é o crescimento para o nível mais alto do amor. Philos é um amor que troca. Entenda a seguinte comparação:

Você têm um amigo, aqui chamado Manoel. Você, Manoel e outros amigos em comum sempre saem juntos. Vão a uma lancheria, por exemplo. Vocês sempre dividem a conta. Mas Manoel nunca participa desta divisão. Não “colabora” com nenhum real. Exemplo do amor 50% dado – 50% recebido. Você divide a conta porque isto te beneficia também. Porém, você se sente incomodado com o fato de Manoel nunca participar da divisão. Você começa a não convida-lo mais para sair. Afinal, ele não dá retorno algum pra ti. Resumindo... um “amor” um tanto quanto egoísta. O amor do tipo Philos não é um amor que doa; sempre espera algo em troca.
Expressões que caracterizam o amor philos:
• metade da laranja;
• ele/ela me completa;
• ele/ela pensa como eu;
• ele/ela me ajuda em casa;
• ele/ela me dá presentes;
• Gostamos da mesmas coisas;
• Fazemos muitas coisas juntos;

3. STORGE (familiar):
Chamaremos esse amor de “amor da tia Maria”.
Amamos tia Maria e tentamos ajudá-la, não com base na atração física (eros) dela, mas porque ela é a nossa tia Maria. Ela pode ficar velha, surda e meio-cega, mas ainda é a nossa tia Maria.
Um excelente exemplo desse tipo de lealdade encontra-se em 2 Samuel 21:10 e 11, onde “Rispa montou guarda ao lado dos corpos de seus dois filhos e outros parentes, espantando dali aves de dia e animais do campo à noite”.

É o amor mais relacionado à família – Rm 12.10 – Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. O desaparecimento desse amor é mencionado em Rm 1.31 – insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia e 2 Tm 3.3 – sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons.
O AMOR FAMILIAR – num certo sentido todos somos filhos de Adão, porém nem todos somos filhos de DEUS, somente os nascidos de novo, regenerados pelo poder da Palavra de DEUS, assim a família de DEUS só é formada por salvos em CRISTO.
A família moderna estrutura-se basicamente em torno do casamento, e nesse sentido, é uma família conjugal – sei que há a “família pós-moderna” e seus novos arranjos sociais, aos quais não vou tecer considerações nesse momento (pais separados, casais homoafetivos, adoção pelos avós e outros).

A relação familiar é algo extremamente COMPLEXA e DINÂMICA. Daí o amor se constituir em um desafio de escolha à cada dia: escolher amar o outro apesar das diferenças e do desgaste que muitas vezes a relação apresenta diante do fator tempo.
Você pode estar pensando que isso não é fácil, mas com a sua escolha adicionada à graça de Deus torna-se possível. Porque família é projeto de Deus em primeiro lugar; Ele é o maior interessado. Mas família também tem que ser projeto de homens e mulheres; ou seja, É PRECISO IMPLICAÇÃO DE CADA MEMBRO FAMILIAR.

4. ÁGAPE (amor incondicional):
Chamaremos portanto, o amor ágape de “amor chuva-sobre-justos-e-injustos”. Deus não isola pequenas áreas onde estão as pessoas boas e faz chover somente ali. Ele deixa a chuva cair sobre os maus também. A ilustração clássica desse tipo de amor encontra-se na história do bom samaritano (Lucas 10:29–37), que é contada para ilustrar o amor (agape) ao próximo (v. 27). Quando o samaritano olhou para o homem ferido e sangrando, não houve atração física (eros). O homem que havia sido açoitado não era um ente ou conhecido querido; os judeus e os samaritanos se odiavam(não tinham amor storge). O homem deixado à beira da estrada não era um amigo; ele não tinha nada para oferecer; não havia possibilidade de ação recíproca (philos). Qual seria a única motivação possível para o viajante ajudá-lo? Ele era um semelhante, um ser humano e o bom samaritano disse, em outras palavras: “Por isso eu vou ajudá-lo”. Isto é amor ágape.

Esse tipo de amor não é alimentado pelo mérito ou valor da pessoa amada, mas por Deus. Ágape ama até mesmo quando a pessoa amada não é amável, não tem muito valor, não corresponde. Esse amor não é egoísta, não busca a própria felicidade, mas a do outro, a qualquer preço. Não dá 50% para receber 50%; dá 100% e não espera nada em troca.

Há quem diga: “Mas isto não é possível, não é humano!” Tem razão. Ninguém pode amar desse jeito... a menos que Deus lhe dê esse tipo de amor. Ágape é amor divino! Jesus e os apóstolos usaram este substantivo (e o verbo correspondente) quando se referiram ao amor de Deus. Veja estas passagens: Jo 3.13; Rm 5.8; I Jo 4.8-10. O Novo Testamento nos ensina também que quando nós nos arrependemos dos nossos pecados e cremos em Cristo, recebendo-o como nosso Salvador e Senhor, Deus derrama seu amor em nosso coração (Rm 5.5). A partir daí, espera-se que o amor de Deus se manifeste através de nós, nos nossos relacionamentos, principalmente com o cônjuge. Veja Ef 5.25 e Tt 2.3-4.

Isto não é fácil... Todos queremos ser amados... Fazemos de tudo para conseguir um pouco de amor... E o que acontece? Nossos esforços neste sentido acabam dificultando ainda mais as coisas; talvez até afastem de nós a pessoa cujo amor tanto almejamos. A duras provas, descobrimos que é preciso amar primeiro... com amor ágape!

Em I Jo 4, há várias referências ao amor de Deus por nós e recomendações para nos amarmos também uns aos outros. Nesse contexto, o apóstolo explica porque ou como isto é possível: “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro” ( I Jo 4.19). O amor de Deus por nós ensina-nos a amar ou gera amor em nosso coração.
Deus nos ama como somos, a despeito da nossa pecaminosidade, das nossas atitudes e atos egoístas. Refletindo sobre isto, observando e agradecendo as manifestações diárias do seu amor, aprenderemos a amar de verdade. Além disso, o Espírito Santo faz alguma coisa sobrenatural em nosso coração... “O fruto do Espírito é amor...” (Gl 5.22). Só assim, seremos capazes de amar, no sentido mais elevado e nobre do termo. Note que esse amor não é um esforço que fazemos porque é a única maneira de conseguirmos que uma certa pessoa nos ame.
Esse amor, o amor de verdade:
• É ordenado por Deus... para nos induzir.
• É exemplificado por Deus... para nos ensinar.
• É produzido por Deus... para nos capacitar.

O marido ou esposa que ama assim não tenta mudar o cônjuge, não cobra dele o amor desejado. Simplesmente ama, sem cobrar nada em troca. Entretanto, assim como “nós amamos porque Deus nos amou primeiro”, o cônjuge amado, mais cedo ou mais tarde, responderá com amor. O princípio é simples: amor gera amor! Outras passagens ensinam esta mesma verdade. Lc 6.38; Gl 6.7. Ágape é o amor que dá, de graça; dá 100% e não espera nada em troca.
Frases típicas:
• Eu te amo (sem um porquê).
• Você precisa ficar internado algum tempo, porque eu te amo (numa clínica de drogas, ou até mesmo preso) – chamados por uns de “amor firme”;
• Eu te amo e por isso você precisa de correção (lembra de Hb 12:6?);
• “Vai doer mais em mim do que em você” – sem o sentido pejorativo.

Conclusão: Não amamos porque somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não brilharemos porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça. Ora, o mandamento é este:

1 – que creiamos em o nome de seu Filho Jesus Cristo
2 – e que amemo-nos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou. E aquele que guarda os Seus mandamentos, permanece nele e Ele naquele.

O AMOR CRISTÃO precisa ser demonstrado no dia-a-dia por todos os crentes, para que possamos alcançar os perdidos para Deus. Sem amor, não se evangeliza, não se discipula. O amor leva-nos a realizar a obra missionária e a evangelizar. Através dele, podemos louvar e adorar a Deus em “espírito e em verdade”.


Por Leandro Teixeira - desenvolvedor Delphi e WEB, em Porto Alegre/RS.
Baseado em Lições Bíblicas. Obs.: Este conteúdo foi trabalhado com a turma de jovens da EBD na 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular, em Santo Ângelo - RS, no dia 29 /04/07.
http://liberdadeepensar.blogspot.com

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Amor é cego....

Como explicar o AMOR

Contam que, uma vez, reuniram-se  os sentimentos e as qualidades dos homens, num lugar da Terra.  

Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, propôs-lhe:

 - Vamos brincar às escondidas?

A INTRIGA levantou a sobrancelha, intrigada,  e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: «- Escondidas? Como é isso?»

 - É um jogo - explicou a LOUCURA - em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem e,  quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou, seguido pela EUFORIA.

A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar: a VERDADE preferiu não se esconder; para quê, se no final todos a encontravam?

A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo, o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não se arriscar.

 - Um, dois, três, quatro... - começou a contar a LOUCURA.

A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que, como sempre, caiu atrás da primeira pedra do caminho.

A FÉ subiu ao céu e a INVEJA  escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir até à copa da árvore mais alta.

A GENEROSIDADE quase não se conseguia esconder, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos - se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPTIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou por se esconder  num raio de sol.

O EGOÍSMO, pelo contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele.

A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO  no centro dos vulcões.

O ESQUECIMENTO, não me recordo onde se escondeu, mas isso não é o mais importante.

Quando a LOUCURA estava lá em  999.999, o AMOR  ainda não havia encontrado um local para se esconder, pois todos já estavam ocupados; até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.

 - Um milhão - contou a LOUCURA. E começou a busca.

A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus, no céu, sobre Zoologia.

Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.

Por mero acaso,  encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.

Ao EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo: ele saiu sozinho, disparado, do seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.

De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede  e,  ao aproximar-se de um lago, descobriu a BELEZA.

A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a  sentada sobre uma cerca, sem decidir de que lado se esconder.

E assim foi encontrando a todos.

O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA numa cova escura; a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano);  e até o ESQUECIMENTO, de quem já se tinham esquecido que estava a brincar  às escondidas.

Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local. A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta  e em cima das montanhas.

Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando, no mesmo instante, se escutou  um doloroso grito: os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.

A LOUCURA não sabia o que fazer para se desculpar: chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser a guia do AMOR para sempre.

Desde então, desde que pela primeira vez se brincou às escondidas na Terra, o AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.


Fonte e Imagem: Google.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Amor é muito paciente e bondoso. I Coríntios 13.4¹

Teríamos tanto Amor assim?
A Esquizofrenia na Igreja

Os Esquizofrênicos, na maior parte das vezes, são percebidos, no entanto rotulados de “pessoas de gênero forte” que devem ser toleradas. A falta de informação e o temor de reconhecer que há enfermos no seio da igreja é uma das causas de deixar de trata-los. O próprio apostolo Paulo, certa ocasião, afirmou que não pôde curar Timóteo e reconheceu as enfermidades freqüentes de seu amigo
( I Timóteo 5.23 ).
Ignorar doenças não é privilégio das igrejas, mas acontece nas escolas, na família e nas empresas, que não querem aborrecimento. A falta de amor e compreensão na sociedade leva a buscar a eliminação dos indivíduos problemáticos do seio da comunidade em lugar de tratá-los. Por exemplo, o caso de um médico que perde o emprego pois a equipe do hospital não detectou que ele era esquizofrênico, mas o rotulou de problemático e de incompetente.

Algumas orientações: Na igreja, essas pessoas precisam, ser identificadas pelo o Pastor. É necessário averiguar se tem uma doença física ou é espiritual mesmo. Por serem manipuladoras, deve ser observado o grau de ação no seio da igreja e se alguém for destruído por ela. Quem foi vitima também precisa de assistência. Geralmente o esquizofrênico gosta de colocar nas mentes dos “inimigos virtuais” um sentimento de culpa ou de medo. O Pastor precisa esclarecer a vítima, que essa pessoa “pode” apresentar um distúrbio e deve ser perdoada, compreendida e amada.

... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
... O amor jamais acaba; Leia I Coríntios 13.1-13.

Nunca se deve expor o esquizofrênico publicamente, pois isso poderia caracterizar constrangimento público e virar processo judicial contra a liderança. Deve se ter discrição, sigilo e tratamento respeitoso. Deve-se procurar sempre ter alguém junto ou próximo ao aconselhando de esquizofrenia, pois este muitas vezes perde o referencial de realidade e pode tentar destruir o conselheiro, caso sinta alguma ameaça.

Nunca deixe que ele manipule você. Coloque limites, não permitindo que sua privacidade seja invadida, nem a de sua família ou que suas horas de descanso sejam perturbadas. Com a desculpa de que só você pode ajudá-lo, muitos esquizofrênicos passam a dominar os conselheiros e a envolvê-los emocionalmente. Quem cura e trata é o Senhor Jesus Cristo, e ele deve ser o apoio do esquizofrênico nos momentos de crises. Nunca o conselheiro. O tratamento com profissionais especializados que compreendem a fé cristã é importante, pois ajudará a obter um diagnóstico e um tratamento mais preciso, sem ferir a doutrina da igreja.

Lembre-se: O profissional deve compreender a fé Cristã, pois se for uma causa espiritual, nenhum medicamento do mundo vai resolver. Se o Pastor ou conselheiro vir que não tem condições de dá assistência, ele deve encaminhar a pessoa a outro Pastor ou conselheiro. Isso não é sinal de fraqueza mais sim de sabedoria. 

Muitos casos de doenças graves necessitam de uma equipe altamente treinada na área espiritual e médica para seu atendimento! 
É importante também promover estudos visando a instrução ao povo da igreja. Convide Médicos para falar sob as principais enfermidades psíquicas e insira esse assunto em sua agenda. Procure abordar o aspecto espiritual com bastante profundidade nos cultos de libertação ou doutrinas.

Livro: Esquizofrenia: Cemitérios de emoções 
Transformados em jardins de alegria
Autor: Prof. Ricardo Abreu Paiva
By: http://universalpentecostal.blogspot.com/



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Se não é amor o que é então?



Quem duvida do poder que ela tem?!
Quem será este homem lindo e perfeito à sua retaguarda?
Não está nos seios, bumbum, corpão... Onde está seu poder?
Pode ver algo que lhe chame atenção, a não ser sua deficiência?
Ela tem uma família perfeita, um homem bonito por marido e filhos maravilhosos... 
Ele lhe transmite constrangimento?
Ela exibe alguma sensualidade?! Trata-se de uma mulher fisicamente desejável?
Registro de sua bem sucedida cesariana...
Qual o poder dessa mulher?! O que passa neste pensamento longe?
Será agradecida a Deus?
Uma mãe realizada... Mulher em sua totalidade...
Orgulhosa de sua obra prima...
Olhos recheados de sonhos... Sorriso coberto de serenidade...
Ela não se locomove com Ferrari nem BMW, mesmo assim é respeitada... 
Amada... Desejada. E então? qual o valor desta mulher?
E seu filho, se envergonha da mãe? Você, se envergonha da sua?
Quais seriam suas limitações?! Existem?
Olhar doce, apaixonado... de bem com a vida...
Hoje, você se reconhece nesta cena? Este casal, demonstra alguma hipocrisia?
Infelicidade? (...) E ai?! O que falta realmente a esta mulher?
E a mim... E a você??? Falta?????????????

Comentários: Charmosa Souto
Fotos: Net









domingo, 24 de abril de 2011

Saudações Flamenguistas......



SONHO COLORIDO....

Sonhei que eu voava como as andorinhas, E que estava pertinho do céu . Sonhei tudo colorido, Tudo era lindo, Tudo era feliz. Sonhei com a primavera , Que flores tão belas, do meu jardim. Sonhei tudo e fantasia , Tudo e poesia, Tudo era amor . Sonhei tudo era novo , Tudo era formoso, Tudo era do bem. Sonhei com os passarinhos que voavam , E pareciam que sorriam de felicidade. Sonhei que tudo era perfeito, E sem falsidade . Sonhei este sonho lindo , Então pensei que tudo fosse realidade.!!!!!!!!!!!
Valter Coutinho

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Este Artigo retrata o grande formador de opiniões, Arnaldo Jabor... Como também a essência deste Blog.

Estamos com fome de amor...

O que temos visto por ai ???

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes. Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...

Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos... Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida? Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . . Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,

sem se preocuparem com as posições cabalisticas...

Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.....

Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos....

Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário....

Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas... Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados... Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado... "Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...

Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais... Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida... E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois....

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?" Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...

O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in... Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja você, seja feliz! Antes ser idiota para as pessoas, que viver infeliz para si mesmo e por que não dizer para sempre!?

Arnaldo Jabour.

O Sacrifício... Amor Incondicional...

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

O que nos diz a Palavra de Deus...




CANTARES - UM LIVRO DE AMOR, SEXO E POESIA
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Cantares de Salomão foi escrito por alguém que amava e era amado. Ao longo da história do cristianismo, despertou muitas controvérsias. Alguns não acreditavam que o livro não era inspirado e portanto, não poderia fazer parte do Livro Sagrado. Hoje, Cantares de Salomão esta sendo redescoberto pelos estudiosos da Palavra de Deus. O livro fala de amor, companheirismo, sexo, romance e poesia. A leitura do artigo a seguir fará bem ao seu casamento.

É verdade. Cantares é um livro de poesia de amor. Não amor platônico, mas de ardente amor sensual. Belíssimo livro e belíssimas poesias, que podem inspirar o relacionamento entre o homem e a mulher cristãs em sua expressão de amor. Podem – e devem inspirá-los. Que bom seria se às vésperas das núpcias, os casais estudassem Cantares: de delícias! Que alegrias! Que harmonia! Ó, Deus, como nos ama tanto!
Uma lição importante desse livrinho de amor, encontra-se no seguinte trecho (Ct 1,15-2,3):







O amado fala para a amada
1,15a Eis que és bela, amada minha, eis que és bela!
 1,15bTeus olhos, pombas... 
A amada fala para o amado
1,16a Eis que és belo, meu amor!
1,16b Tão atraente és, quanto viçoso é nosso leito... 
O amado declama
1,17a As vigas de nossas casas, cedros;
1,17b nosso teto, ciprestes! 
A amada declama 
2,1 Eu, um narciso de Saron, uma açucena do vale!
O amado declara 
2,2a Como uma açucena entre os espinhos,
2,2b assim é minha amada entre as jovens... 
A amada declara
2,3a  Como macieira entre as árvores do bosque,
2,3b assim é meu amor entre os jovens...
2,3c Em sua sombra eu suspirei e me assentei,
2,3d E seu fruto é doce ao paladar...


Que cena belíssima! O ambiente é poético e construído com descrições tiradas aos bosques (cedros, ciprestes) e aos jardins (narciso, açucena) – os dois amados estão sob os cedros e ciprestes, entre flores e puro viço vegetal (leito viçoso). Quem sabe cantam os pássaros (1,15b)? Talvez estejam deitados na relva (leito viçoso), e tenham momentos de se olhar nos olhos (teus olhos, [são] pombas). Certamente, amam-se (2,3d). É, portanto, um poema de amor ambientado na flora – é entre cedros, ciprestes, narcisos e açucenas que a poesia os flagra em amar um ao outro. Os cedros servem-lhes de casas, os ciprestes são seu teto. A relva é seu leito. Flores e árvores, seus companheiros... Mas estão sós, entregues ao amor que sentem um pelo outro. E há muita ternura em meio ao desejo que experimentam. É assim que Storniolo e Balancin traduzem a referência às pombas (1,15), considerando, ainda, que “terminada a relação íntima, resta a ternura que prolonga serena e seguramente a relação amorosa”, numa referência a Ct 2,6.

Esse trecho lembra muito Ct 7,11-14, onde o ambiente é também a flora, cujos efeitos afrodisíacos encantam a amada e cujo tema é o desejo. Em Ct 1,15-2,3, a flora também serve de cenário para o encontro dos amados, e seu amor se derrama em gestos e palavras. Podemos simplesmente nos deixar tomar pela poesia e assim nos inebriarmos também nós desse amor sublime; mas também podemos observar que relações pode haver entre casas que são cedros e teto que são ciprestes e as declarações de amor e fidelidade que trocam entre si e declaram à flora que os cerca. Bem, na verdade uma coisa não prescinde da outra...

Tomemos as expressões cedros e ciprestes como mais do que apenas um motivo poético. Se nos perguntarmos sobre que sensações o amado deixa extravasar quando declama, e recorre à figura dos cedros e dos ciprestes, de que sensações poderemos falar senão, já, de segurança? A poesia os flagra trocando juras de amor e declarando fidelidade – há razões para nos surpreendermos com a constatação de que a sensação que invade os amantes é a segurança que amor e fidelidade geram? Também a amada declama ser um narciso e uma açucena (em hebraico, ambas as palavras são femininas). É uma sensação de completa harmonia com a flora, com a vida, com a história, que somente o amor e a fidelidade traduzem na forma de segurança.

A sensação de segurança gerada pelo amor

Que trocam juras de amor penso estar claro. Os versos 1,15 e 16 são um diálogo. O amado fala para a amada e a amada fala para o amado. O que falam? Trocam palavras de elogio – ele a acha bela, e ela o acha belo. Ela ainda lhe diz ser atraente, e que seu leito é viçoso (não esqueçamos que o poema coloca os amantes num cenário misto de bosque e jardim, com árvores e flores por toda parte). Perceba o leitor que quando falam assim um para o outro, estão se olhando nos olhos: o amado, dizendo que ela é bela, continua: “teus olhos, [são] pombas...” – ele está olhando dentro dos olhos dela.  Se estão deitados, não sabemos; sentados de joelhos, um frente ao outro? Não sabemos – mas se olham, isso é certo! Se falam, isso é fato... fato poético, mas fato.

Some o leitor essas palavras dos versos 15 e 16: amada, bela, olhos, pombas, amado, belo, atraente, leito viçoso – o que construímos? Um encontro de amor! Nossos enamorados estão vivendo um momento de amor. As sensações que invadem o amado dirigem seus olhos para os olhos da amada, e, quando se encontram seus olhos, ele suspira: “_ Bela!”. Quem resiste ao amor? Quem não se entrega a essa força tremenda, dádiva de Deus e bênção divina? Não o amado... O amado se entrega ao amor, entregando-se à amada...

Sim, o amado deixa-se fundir ao ambiente, porque as sensações do amor são mágicas e geram harmonia ao redor de si. Stadelmann, por exemplo, descreve os versos 2,1-3 em termos de harmonização de sensações e emoções[1]. Não admira que a estrofe de 1,17 transforme os cedros em casas e os ciprestes no teto dos amantes, porque há uma fusão de sensações, e as personagens fundem-se com o cenário em autêntica harmonia poética. É por essa mesma razão – por ser tomada de plenas sensações de amor, que a amada se sente em perfeita harmonia com as flores que circundam seu leito floral. Ela mesma é uma delas (2,1). O lugar onde estão serve de motivo para falar de suas sensações – e suas sensações são segurança e poesia, a segurança do amor, a poesia do desejo e da ternura.

Repare o leitor que não se trata de sentimento que o amado guarde para si, e que a amada oculte em seu peito – não! Ele se declara para ela, ela se declara para ele. Isso é cedro, isso é cipreste: olhar nos olhos da amada, olhar nos olhos do amado, e falar, declarar, trocar juras – diariamente! Não há vendaval que abale um romance assim – de olhos e palavras, atração e romance, desejo e amor... Maravilhosas Escrituras que nos guardaram esse poema! O casamento transforma-se em perfeita harmonia, se a poesia do amor compõe seus versos diariamente... Se os leitores permitirem a citação de dois versos de Diariamente, poema de Nando Reis cantado por Marisa Monte, poderia ilustrar o que venho de dizer, acrescentando assim:

“Para o beijo da moça: paladar (...)
para os dias de folga: namorado (...)
para você o que você gosta: diariamente”

Ah, amados: precisamos construir um leito viçoso desses em nosso romance (1,17b). Se somos casados, pernoitemos entre as alfenas (7,12) e aspiremos o perfume das mandrágoras (7,14), olhemos nos olhos de nossa amada (1,15), de nosso amado, troquemos juras de amor (1,15a.16a), compartilhemos elogios, colecionemos palavras e gestos em caixinhas frágeis como o coração que ama, e permitamos que a dádiva do amor e a bênção do desejo e da ternura cumpram sua vocação no Éden conjugal. Se somos namorados – ou estamos ainda à busca do sonho, plantemos nossos ciprestes, semeemos nossas açucenas – cultivemos nosso jardim: quando chegar a hora, que colhamos de seu fruto, e que beijemos suas pétalas de veludo... diariamente.
Oh, Deus, como te amamos!
  
A sensação de segurança gerada pela fidelidade

 Mas que dizer dos versos 2,1-3? Acrescentarão qualidade ao verso 17? Oh, sim, e quanta! – e mais do que isso, também traduzem plena satisfação pessoal proporcionada pelo romance.

Há um crescendo de sensações à medida que o poema avança. Nos versos 15-16, estão ambos plenamente presentes. Trocam elogios de beleza e amor, olhando-se nos olhos. Mas o amor é poderoso, e Deus o fez de tal forma que se torna maior do que o amado, maior do que a amada, maior do que os dois juntos. Assim tomados pelo amor, o amado apela para a flora, para poder expressar-se, porque a consciência a razão tornam-se inadequados – só a metáfora ainda serve para declamar as sensações que os invadem: os cedros, os ciprestes, o narciso, as açucenas (1,17-2,1). O ambiente floral os toma a eles, e o amor torna-se poesia. Sentimento puro é pura poesia – quanto mais sentimento tornado toque físico e sensação humana de amor! Não deixemos escapar que depois dos olhos (1,15) surge o leito (1,17), se já não é no leito que se olham, sem pudores... Oh, Deus, como o amado pode expressar tudo quanto experimenta se não recorre à poesia?! E que resta à amada senão tomar-se a si por uma açucena do vale, entregue ao vento?! Do desejo, saltam à poesia; do diálogo, à declamação. Mas é com os versos 2,2-3 que chegam ao auge das sensações, e o que era diálogo e se tornara declamação, converte-se agora numa declaração vigorosa de fidelidade: (Eu [sou] do meu amado, Ct 7,11). Os amados se bastam, mutuamente...

Que se trata de juras de fidelidade parece mais do que claro: o amado tem na sua amada a figura da açucena, que ela mesma usara em sua declamação (2,1). Se a amada é uma açucena, declara o amado, então todas as demais jovens são como espinhos! Comparada a ela, as outras jovens não são de se tocar ou cheirar, sequer são belas. O amado só tem olhos para a sua açucena – e as jovens não lhe podem mais roubar o coração, porque a amada já o roubou (4,9). Parece que o amado declara seu voto de fidelidade para que todos ouçam, e onde quer que esteja, todos saibam que ele é dela.

E que tem ela a gritar para que todos ouçam? Que os demais jovens, se comparados a seu amado, são como árvores do bosque comparadas à macieira – não têm frutos a dar, enquanto que o fruto do amado, ah, esse lhe é dulcíssimo à língua... Quem ouve a amada falando assim, pode reconhecer que o que ela diz em 7,11 é verdadeiro: eu sou do meu amado. Perceba-se que não é ela quem exige fidelidade dele, nem ele dela. Ele é que se sente invadido pela sensação da fidelidade – deseja-a tanto, ama-a tanto, que não concebe nenhuma outra palavra senão esta: quero só você, amor! Também não é ele quem exige dela fidelidade – é também ela que, tomada pelas mesmas sensações, suspira tanto pelo amado, quer-lhe tanto que não lhe passa pela cabeça, cabeça? não, não lhe passa pelos poros do corpo inteiro nada que não a declaração de fidelidade: eu sou do meu amado.
  
Amor e fidelidade – jardim que se deve aguar todos os dias

Como se pode amar tanto e ser tão fiel? Como manter as mesmas sensações do amado pela amada, e da amada pelo amado? É possível que também nós nos movamos nesse jardim e namoremos nesse bosque? Penso que sim.

É verdade que as sensações do poema são sensações extremas: trata-se, afinal de contas, de um encontro de amor, e as sensações de um encontro de amor, nós o sabemos, não são as mesmas de uma conversa sobre os filhos e como passamos o dia, antes de dormir, depois de um dia de cansativo trabalho: a vida não é o tempo todo pura poesia. Mas o amor é o mesmo e a fidelidade também. Haverá momentos em que experimentaremos essas mesmas sensações que as Escrituras homologam como saudáveis e boas, impressas em nosso corpo de barro pelo sopro de Yahweh ‘Elohim (Gn 2,7). Sim, o desejo e as sensações de amor que o acompanham estavam naquele sopro – são pois uma centelha divina, boníssima, de que não devemos nos envergonhar nem tratar com menosprezo. Antes, render muitos agradecimentos ao Pai pelo dom do amor conjugal – causa de muito prazer e harmonia – segurança, portanto, e pura ternura para marido e mulher.

O segredo é tornar todos os dias num jardim, e todas as tardes num bosque... diariamente. Se não quisermos manter a linguagem poética, diria que o segredo é o voto de amor e de fidelidade, diariamente renovados. Devemos renovar todos os dias, os votos de amor e de fidelidade. Todos os dias, dizer a nós mesmos que amamos nossa amada ou nosso amado. Todos os dias, dizer a ela ou a ele que estamos repletos de amor e nos rendemos. Todos os dias, declarar ao mundo que nos cerca que somos fiéis – que somos dela, somos dele, somos do amor que nos conquistou, que nos roubou o coração, e não tem jeito.

Homens, homens – se temos olhos, fixemos esses olhos nos olhos de nossas amadas. Olhos que muito saltitam aqui e ali se esquecem de renovar seus votos, e os espinhos, que espinhos eram, tornam-se agradabilíssimas flores fresquíssimas, cheirosas, apetitosas, e lá se vai o amor que um dia experimentamos... e lá se vai casamento vale abaixo... Homens, homens, olhem para suas esposas, nos olhos delas (1,15b), e falem para elas que as amam (1,15a), e que suas casas são cedros, e que o teto de vocês são ciprestes (1,17), que ela é bela e seus olhos, pombas... Falem com suas esposas, maridos: tenham certeza de que elas gostam muito disso. Falem: e ouvirão a amada, suspirando – eu sou do meu amado!

Mulheres, mulheres, tratem bem de seu leito, mantendo-o viçoso (1,16b). Não sintam vergonha de olhar para seu marido e confessar aos 30 anos, aos 40, aos 50, aos 60... que ele a atrai (1,16b) e que você está viva!, e que se sente tomada de ternura e de desejo. Fale para ele que ama e que o ama (1,16a) e não se sinta menos cristã porque gosta dos beijos de sua boca (1,2). Permita-se viver ao lado de seu marido, e sinta plenamente o vigor com que Deus brindou vocês, mulheres maravilhosas, que fazem de nós homens pequenos-bobos de amor, e tolos poetas, que poesia não fazemos. Calamos de amor... é o amor quem declama.

Façamos nossas juras de amor diariamente, e renovemos todos os dias nosso votos de fidelidade. A harmonia conjugal será tão grande, que de nosso lábios brotará o louvor: “_ Oh, Deus maravilhosíssimo. Quem é como tu?”.


RIBEIRO, Osvaldo  Luiz. Cantares, um livro de amor, sexo e poesia. Casal Feliz, Rio de Janeiro, ano XV, n. 62, 2t02, 2002, p. 18-23.